Os cigarros "Gitanes", grandes companheiros de Serge e muito populares na França surgem no início do século XX (1910). Sua versão clássica é a sem filtro com tabaco negro (brunes) e é justamente esta que tanto agradava  Gainsbourg. São cigarros fortes e com sabor marcante, bastante amargos e pesados para o pós-fumo. São os cigarros mais fortes vendidos na França hoje em dia e jamais chegaram ao Brasil, já que aqui o tabaco negro nunca adquiriu a popularidade do tabaco loiro (blondes). Bem, quanto a Serge e o tabaco é fundamental dizer que sem Serge não há tabaco e vice e versa. O tabaco é um dos elementos mais presentes no universo "Gainsbourguiano" e sempre aparece, imponente, nas mãos de Serge durante uma entrevista, um show ou qualquer que seja a situação. Serge fumava quatro maços de Gitanes por dia, sendo que no auge dizem alguns que chegou a fumar 5. A partir daí dá para entender tanto a sua grande música, sua irreverência e porra-louquice tão genuínas e marcantes quanto o porque morreu aos 62 anos após retirar um tumor no fígado e ter sofrido durante muitos anos de problemas do coração. Mas Serge era isso, era o tabaco, a irreverência, o sonho, a liberdade e a inconsequência. Sem o cigarro, sem seus Gitanes ele não era Gainsbourg e assim preferiu existir: com um gitanes sempre a mão.